quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Quarta-feira de cinzas cinza

“Quando a Indesejada das gentes chegar...”, disse Manuel Bandeira.
E ela chega.
Inexorável.
Inadiável.
Iniludível.
Nesta quarta chegou para o pai de uma amiga querida.
E marcou sua fria presença em todos nós, lembrando que está à espreita.
Desde sempre.
Cacete! A gente nunca está preparado pra ela!
Para seu pai, a estrada foi concluída.
Pra minha amiga, é uma nova que começa agora.
Um pouco mais triste, um pouco mais saudosa.
A falta é pra quem fica.
Impossível não chorar também.
Impossível não ser solidária.
Impossível não pensar em quando acontecer comigo.
Querida amiga, fique bem.
E assim como terminam os versos do saudoso poeta, “encontrará lavrado o campo, a casa limpa, a mesa posta, com cada coisa em seu lugar”.
Esteja em paz.

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